OFICINAS TÉCNICAS EM TOCANTINS
OFICINA SOBRE ESTATÉGIAS. PALMAS 11 MAIO 2016
As oficinas de Maio tiveram por objetivo a discussão de possíveis estratégias de desenvolvimento para Tocantins. Três cenários diferentes foram apresentados, visando a um equilíbrio entre fortalezas e defeitos, de modo que nenhum deles fora completamente desejável, e nenhum deles puderam ser identificados com o ideal. Os cenários não eram excludentes entre eles. A partir das características de cada um destes cenários, os participantes das oficinas podam manifestar quais das características de cada um poderiam ser positivas para Tocantins, avançando no sentido dum entendimento compartido entre os atores econômicos e sociais sobre as principais direções do desenvolvimento estadual.
Cenário A. AGROPECUARIO EXPORTADOR
Tocantins mantém as atuais tendências de desenvolvimento condicionadas por fatores externos regionais e nacionais, mais ou menos favoráveis, sem que possa interferir decisivamente na mudança de rumos. O principal setor econômico é o agropecuário, cada vez mais internacionalizado. Os processos logísticos são mais eficientes por a FNS, e as exportações de Tocantins crescem fortemente (grãos, carnes...) especialmente para os mercados asiáticos. As cargas transportadas na FNS consolidam-se com a adequação dos pólos de cargas estaduais. As fazendas agropecuárias se fazem mais extensas e industrializadas. Os investimentos públicos federais e estaduais continuam, mas são insuficientes para aumentar a atratividade de Tocantins, fazendo com que os investimentos privados permaneçam reduzidos. Sustentabilidade como um valor adicionado ao negocio agrícola. Melhoria geral da qualidade de vida da população.
Cenário B. INDUSTRIAL ENDÓGENO AGRONEGÓCIO
Valorização de oportunidades para negócios industriais de transformação vinculados aos recursos existentes em Tocantins, especialmente no setor de alimentos (a partir da soja, milho...) ou no sector energético (bicombustíveis, fertilizantes...). Os empreendimentos têm uma forte componente local endógena. A meio prazo, estes negócios locais podem contribuir a atração de outros investimentos exógenos com capital do exterior. Geração de maior valor econômico e empregos para o Estado. Incremento do valor econômico das exportações internacionais, e desenvolvimento de novos mercados nacionais, com maiores vinculações econômicas com as grandes áreas urbanas do Brasil. O IDH eleva-se a níveis satisfatórios. Maior capacidade de planejamento, gestão dos recursos existentes, e criação de maiores redes de atores econômicos. Municipalidades liderando as condições de desenvolvimento local. A diversificação econômica ale do agropecuário como grande desafio no meio e largo prazo.
Cenário C. INDUSTRIAL EXÓGENO DIVERSIFICADO
Valorização da oferta de terra disponível e criação de algumas novas áreas industriais vinculadas aos pólos de carga da FNS, com infraestrutura logística adequada não somente para carga de grãos mais também para outros produtos, inclusive o transporte de containeres. Possível atração de algumas novas atividades vindas de fora decorrente de políticas ativas das administrações públicas, grandes companhias atraídas por custos de implantação competitivos com projetos extensivos criados ad hoc para elas. O transporte de grandes volumes de carga (exportações e mercado interno) é facilitado pela FNS, que tem fluxos importantes tanto na seção norte como na seção sul. A meio prazo, criam-se condições para o surgimento de mais atividades produtivas locais complementarias as grandes implantações. Ampliação das oportunidades de trabalho e distribuição de renda. A largo prazo, a permanência das grandes corporações num contexto globalizado pode depender de fatores diversos é externos aos centros locais de decisão. Fortalecimento do governo Estadual, reduzindo a dependência das transferências constitucionais de recursos. Por este cenário, o IDH eleva-se a níveis satisfatórios.
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